quarta-feira, 18 de maio de 2011

Enterobiose

oxiurose, ou enterobiose é um helminto e muito comum em crianças, causada pelo verme nematelminte enterobius vermicularis, mais conhecido como oxiúro.
Esse nematodo possui um ciclo biológico simples, onde o macho e a fêmea da espécie se acasalam no intestino grosso do ser humano, mais precisamente na região do ceco. Logo após a cópula, o macho morre e a fêmea, repleta de ovos, tende a seguir em direção a um local com temperatura mais baixa, e com maior teor de oxigênio, o ambiente externo.
Oxiurose
Ovos do Enterobius Vermicularis vistos ao microscópio
De acordo com Alexandre Pyrrho professor de Parasitologia da Faculdade de Farmácia da UFRJ, os pesquisadores não sabem ao certo o porquê, mas ao que tudo indica, com a queda da taxa metabólica do corpo, durante o sono, as fêmeas tendem a sair do hospedeiro.
Como estão no cretal digestivo, a saída mais próxima é o orifício retal. “No momento em que saem do organismo, muitas fêmeas morrem, mas os restos de suas rupturas, juntamente com os ovos que elas eliminam causam um prurido retal, que provoca coceira, principal característica da infecção. É por isso que muitas mães identificam facilmente o problema pela conduta dos filhos, aquele hábito de coçar a região perianal”, completa o cientista.
Segundo ele, essa infecção acomete principalmente as crianças, pois são mais expostas as reinfecções. Sem as noções adequadas de higiene pessoal, elas levam a mão contaminada à boca, ou tocam em alimentos que ingerirão posteriormente. Além disso, embora muitas fêmeas do nematodo morram durante a migração, seus ovos permanecem na região retal e caem nas roupas íntimas e de cama.
O contato com outras crianças, principalmente na hora do sono das creches, também é um agravante. Uma criança contaminada pode eliminar uma grande quantidade de ovos enquanto dorme e eles podem contaminar o ambiente, infectando as outras crianças, que levam a doença pra casa.
Estudos revelam que os ovos desses nematelmintos infestam quase 92% da poeira domiciliar. Esse sistema infecta todas as outras pessoas que freqüentam a casa, inclusive os adultos. Nas mulheres, as complicações mais graves dizem respeito à proximidade do orifício retal com a órgão genital feminino.
Em muitos casos, as fêmeas e os ovos são deslocados para a órgão genital feminino, provocando uma vaginite, assintomática ou não. Para Pyrrho, “tudo pode ficar mais grave se os ovos ou as fêmeas se deslocarem pelo cretal vaginal até o útero atingindo as trompas. Nesse estágio, os vermes acabam morrendo e seus resíduos bloqueiam os estreitos canais das trompas, podendo provocar esterilidade.
Essas situações são raras, assim como as que acometem os homens. Neles, os casos mais graves dizem respeito as uretrites.
Em função da conduta de higiene, adquirida ao longo da vida, os adultos não são tão expostos ao problema, pois raramente se reinfectam. Mesmo assim, é recomendável limpar toda a casa com um pano úmido, ou aspirador de pó, retirando toda a poeira que possa estar contaminada com ovos.
“É fundamental mencionar que essa infecção pode se estabelecer independentemente das condições de saneamento básico. Por já estarem no domicílio, os ovos são resguardados das intempéries do ambiente externo e conseguem sobreviver durante um longo tempo. Obviamente, onde se encontram piores condições de educação e sanitarismo, as pessoas não são instruídas para os hábitos de higiene básicos e a situação tende a se agravar”, alertou o professor.
Outro dado importante é que há uma prevalência elevada da enterobiose (ou oxiurose) em climas temperados, mais frios, onde as pessoas têm o hábito de se banhar com pouca freqüência.
Obviamente, durante o banho, uma grande quantidade de ovos é eliminada com a água. Sem a freqüência adequada, eles se acumulam na região periretal. Vilas de esquimós, por exemplo, apresentam 60% de prevalência da infecção em sua população total. Um estudo da década de 80 mostra que ate na capital dos Estados Unidos, Washington, onde supõe-se uma condição sócio-econômica e de sanitarismo muito boas, a prevalência de enterobiose em crianças chega a 40%.
Alexandre Pyrrho destacou também que o diagnóstico adequado é realizado através do exame da fita gomada transparente, através da qual coleta-se os ovos e fêmeas da região periretal para posterior análise microscópica. Para evitar constrangimentos, o ideal é que a mãe da criança ou alguém da família colete o material. Isso deve ser feito na primeira hora do dia, quando a pessoa infectada ainda não defecou, nem tomou banho.
Às vezes, só esses fatores, já são suficientes para inviabilizar a coleta por um médico num consultório. Durante o deslocamento, o banho e a defecação, grande quantidade de ovos é eliminada. O exame fecal não é muito indicado, pois em função de uma questão anatômica, apenas 5% dos indivíduos infectados apresentam ovos nas fezes. Os vermes não ficam localizados na região por onde passa o bolo fecal.
“O tratamento pode ser realizado com enema (lavagem intestinal) de água morna, mas antielmínticos são indicados em larga escala. Complementando esta ação, é importante que o clínico também oriente sobre a importância da higienização do ambiente.
Uma atenção especial deve ser dada à unha, que pode provocar arranhões e lesionar a pele da região, além de funcionar como um depósito de ovos”, completa o professor.
Fonte: www.olharvital.ufrj.br
OXIUROSE
É uma helmintíase muito comum causada pelo verme nematelminte Enterobius vermicularis, conhecido popularmente como oxiúro.

SINTOMAS

O sintoma mais comum é o prurido retal provocado pelas fêmeas, quando migram do intestino grosso, onde vivem e se acasalam, até a região retal para a postura dos ovos.

TRANSMISSÃO

A transmissão ocorre pela ingestão dos ovos, pela auto-fecundação, quando portadores (principalmente crianças) coçam a região retal e levam a mão à boca com os ovos que ficam sob as unhas, ou por retro-infestação, com as larvas eclodindo dos ovos no orifício retal e migrando para o intestino grosso, onde ficam adultas.
Os demais sintomas são a diarréia, náuseas, vômitos e dores abdominais.

PROFILAXIA

Higiene pessoal
Uso correto dos sanitários
Cuidados referentes à alimentação e à água, et

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